Religiões*

     Foi numa juke-box da Feira de S. Mateus que descobri – ainda menino e moço - o “Light My Fire”, dos Doors. A partir daí, a minha relação com os Doors nunca mais acabou.
    Tenho discos pretos deles cheios de estática porque tocaram muito e em gira-discos pouco recomen-dáveis. Tenho cassetes de ferro, de crómio e de metal. VHS. DVD. MP3. DIVX. Migrei com os Doors por todos os suportes de informação. 
     Gosto dos Doors e vejo malta de 20 anos que ainda é mais entusiasta que eu.

     Foi por isso que não resisti a um daqueles destaques gráficos do Jornal do Centro de cimo de página que bate mesmo nos olhos dos leitores mais distraídos. Eram quatro linhas que anunciavam o lançamento do livro de Rui Pedro Silva, “Contigo Torno-me Real”, na Livraria Polvo.
     Lá fui eu comprar o livro e pedir um autógrafo ao Rui Pedro. O autor assume-se como o fan primeiro dos Doors em Portugal. O livro é uma antologia de depoimentos sobre a banda, uns com mais interesse, outros com menos.
     Esses testemunhos lembram-nos que muita da religiosidade urbana, nos nossos dias, passa pelos rituais da música popular e, provavelmente, o primeiro responsável por isso foi o Sumo Sacerdote, o Shaman, o líder dos Doors, Jim Morrison, quando cantou coisas como o final da canção “Angels and Sailors”: 
            Nós podíamos planear um crime
            Ou iniciar uma religião.

* Parte de um texto publicado no Jornal do Centro em 18/2/2005

Comentários

  1. HÁ MUITO OUVI (a alguém k entendia do assunto) K UMA DAS CARATERISTICAS DE UMA OBRA LITERÁRIA ERA A SUA INTEMPORALIDADE!OK.
    E AGORA PRAGUNTO:E COMO "CLASSIFICAR" UM GRUPO MUSICAL K AGRADA A AVÔS, PAIS E NETOS...COMO É O CASO DOS DOORS OU DOS XUTOS E PONTAPÉS(etc)?!
    BOM, MAS NUM PRACISAM DE PERDER TEMPO A RESPONDER-ME(pois já vivo há muuuito tempo c/ essa dúvida e tou convencida k num passarei a ser mais feliz quando obtiver a resposta...SEI LÁ!)-FUUUI

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