Uma maldade de Miguel Macedo e de José Cesário

     Perante a pressão das redes sociais, Miguel Macedo e José Cesário desistiram do subsídio de alojamento. 
     Essa desistência foi assumida com efeitos retroactivos — eles prescindem dos subsídios de alojamento que iam receber mas também dos subsídios que já receberam.



  
  
Ora, isto é 
uma bomba relógio.



     Estes efeitos retroactivos
são uma maldade 
de Miguel Macedo 
e de José Cesário.
    


     É que — como esta desistência é retroactiva — o mesmo também tem que ser pedido a membros dos anteriores governos com casinha em Lisboa que eventualmente tenham embolsado o dito "subsídio de alojamento", subsídio que vem sendo concedido desde 1980.
     Mesmo que dê a preguiça aos jornalistas de andarem agora a mexer em 31 anos de arquivos, um qualquer  blogue pode fazer o serviço público que, neste caso dos governantes do PSD, foi feito pelo blogue Corporações.
     Se tal acontecer, vêm aí sarilhos
     Sarilhos retroactivos.

* Este post foi reescrito às 13:59.

Comentários

  1. Depois do Ministro da Adm. Interna ter aceite o corte do subsídio de alojamento a que se achava com direito, apesar de ter casa em Lisboa, ao Sr. Cesário não restava outra alternativa se não seguir o Ministro. Mas, tanto um como o outro, não deixaram de referir "que era um direito que lhes assistia"!Mas o Sr. Cesário ainda acrescentou que é um direito que assiste à administração pública! Ora, que se saiba apenas os juízes têm esse direito, além dos deputados oriundos do interior do país ou das ilhas, que não tenham casa na capital do ex-Império, agora na falência!...
    * Recordo que o Sr. Cesário que foi deputado no consulado Cavaquista esteve envolvido no escândalo das viagens dos deputados. Houve até um outro deputado do PSD de seu nome António Coimbra que passou a ser conhecido como o deputado Batman, pois praticamente, deu a volta ao mundo à custa do erário público, ainda que em representação da Pátria-Lusa. Claro que o escândalo que atingiu todas as bancadas parlamentares e envolveu agências de viagens que trocavam lugares de executivo por lugares normais,o que permitiu as viagens das esposas. Claro que foi tudo abafado através da reposição de verbas nas agências de viagens, sem qualquer criminalização para ninguém!

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  2. Essa da retroactividade não tem qualquer nexo. Se prescindiram de um direito e se devolverem o já recebido foi por sua vontade, se bem que pressionados.
    Agora outra:
    Dois juízes casados quantos subsídios recebem? e quando se reformam continuam a receber?


    Antónimo

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  3. Pelo menos o do alojamento, recebem-no os dois, para a mesma casa.
    Assim como há um sr. Juíz que nunca põe os pés no seu local de trabalho, portanto, não se desloca da sua "aldeiazinha", para o dito burgo subsidiado e continua a receber o dito subsídio. Há cada história neste país à beira-mar plantado, que só visto.

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  4. Leis retroactivas são coisa que não existe no nosso Direito.
    Como saberá foi a vontade dos visados que os fez prescindir dos subsídiosmas a norma continua em vigor.


    Antónimo

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  5. Caro Antónimo,
    Os eventuais sarilhos retroactivos a que se refere esta publicação não são dissabores financeiros mas eventuais "custos de reputação" para ex-governantes, caso os media ou a blogosfera se decidam ir apanhar o pó de 31 anos de arquivo.

    Cumprimentos

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  6. Esse Deputado Antonio Coimbra Conheço-o pessoalmente, vivia antigamente ao pe do antigo estadio das Antas. Para ele é como não tivesse acontecido nada nem tinha nada a ver com o assunto. Era grande amigo do Carlos Melancia, proprietario do Hotel restaurante Garcia d'Orta, em Castelo de Vide.

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