Sexta-feira 13 *

* Texto publicado no Jornal do Centro há exactamente quatro anos, em 13 de Agosto de 2010


1. Este Olho de Gato vai sair numa sexta-feira 13. O que não é bom. Vou tentar fazer uma crónica sem azares.

Bem basta o azar da semana passada quando tratei aqui da operação “omo-lava-mais-branco” feita pelo sr. António Mexia na revista do Expresso em que ele carimbou como preguiçosos e invejosos os críticos do seu bónus de 3,1 milhões.

O problema é que chamei ao homem “conde de Anadia” quando ele é “conde de Arganil”. Foi um azar pior que uma sexta-feira 13. Uma leitora atenta chamou-me logo a atenção. Agradeço. Fica a correcção.

2. Como Celso Neto não se cansa de dizer nos jornais da região, as obras na N229, entre Viseu e o Sátão, transformaram numa rua a única via de ligação de Viseu ao norte, a Sátão, Vila Nova de Paiva, Moimenta, Aguiar da Beira, Sernancelhe, Penedono.

É especialmente chocante não terem sido feitas duas faixas ascendentes nas subidas do Fojo e do Mundão. A empresa Estradas de Portugal pensou: “para quem é, bacalhau basta!”.

Oxalá os pastéis de bacalhau que vão ser servidos na tenda Vip da luzidia inauguração sejam uma sexta-feira 13 para os responsáveis desta sovinice. Uma diarreia. Só para eles.

3. Depois do desastre da África do Sul, o sr. Madail, o eterno presidente da federação, o eterno perdedor, o eterno sexta-feira 13, em vez de assumir as suas responsabilidades, escondeu-se atrás do vernáculo do sr. Queiroz.

E toda a gente caiu no engodo. Toda a gente bateu no seleccionador, ninguém mandou o dinossauro embora.

4. A sra. Cândida Almeida negociou com os procuradores do caso Freeport a inclusão no processo de 27 perguntas que não foram feitas a Sócrates. Uma coisa tipo Bill Clinton quando fumou um charro mas não inalou.

A Procuradoria-Geral da República é uma sexta-feira 13 todos os dias.

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