Sinais*

* Publicado no Jornal do Centro há exactamente dez anos, em 12 de Outubro de 2007


Luís Filipe Meneses, 
presidente do PSD de 12-10.2007 a 20.6.2008
1. Luís Filipe Menezes é o novo líder do PSD. Os “de baixo” disseram o que pensavam dos “de cima”. É para isso que servem os votos em democracia – para que haja mudança de “quem manda” sem derramamentos de sangue.

Agora Luís Filipe Menezes não vai dizer nada de substantivo até ao Congresso. Todo o farfalhar até lá é conversa de pardais atrás de milho; o primeiro pardal a abrir o bico foi Santana Lopes, o “menino guerreiro”, e o segundo foi Isaltino, o tio do taxista mais rico da Suíça. Com estes pássaros Luís Filipe Menezes não vai longe.

Alguns sectores do PS encarniçaram-se muito contra Marques Mendes. Deu para ver a preferência. A vitória de Luís Filipe Menezes pô-los a tocar as trompetas. “A maioria absoluta em 2009 está no papo”, pensam eles, a deitarem contas aos “rabos de palha” e irrequietude “populista” de Luís Filipe Menezes.

Ora, ainda está tudo em aberto para 2009. Os resultados eleitorais para a Câmara de Lisboa, o desemprego e a performance económica do país desaconselham triunfalismos.

Para começar, João Cravinho devia ser mais ouvido. É lamentável que o PS esteja a ser a muleta de Isaltino Morais na Câmara de Oeiras. Há coisas que cheiram mal. E que, em 2009, podem custar caro…

2. Durante mais de um mês, teve-se que aguentar o pára-arranca dos semáforos de Moselos enquanto, trezentos metros ao lado, prontas, as quatro faixas da nova variante acumulavam pó.

Aborrecidas com o desrespeito, as pessoas de Moselos não quiseram saber das gravatas e dos emplastros inaugurativos; foram lá, retiraram as barreiras e resolveram o problema. Foi um sinal dos tempos. O mesmo sinal da eleição de Menezes.

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